
Chega o nego entre a viagem
fora do abraço quente da noite,
a noite das formas todas.
Ela era só uma mulher jovem.
Uma manhã tão fresca
que ainda a grande saudade
não havia espaço, ao lado dos olhares.
Mas manhã é círios apagados,
gasta tudo o sol derramado,
e o peso do corpo, da inocência,
aumenta ao ritmo da raiz da vida.
Ela vai ser o barro do nascente,
em torno do olhar, gota gota,
dos primeiros sonhos.
Pra ela esse nego é fresco veneno,
as palavras que aceitou de um menino.
Uma vez ela era miúda;
a vida, tão rápida, muda.
Chega o nego mas já sem ninho.
A mão acaricia em círculo.
A mulher não aceita o título.
A mãe vai ser túmulo.
DIMENSIONI
cm 45×62 ca.
MATERIALI
legno, acrilici
NUMERO D’ARCHIVIO
37
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